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Sequestradores de Abril!

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Ontem a Democracia fez 47 anos. Uns consideram-se donos da data e outros tentam desvirtuar a memória do dia em que nos foi devolvida a nossa liberdade. Aos primeiros estou agradecido por tudo o que fizeram para que eu hoje pudesse escrever estas linhas sem me preocupar que a PIDE me aparecesse à porta e me levar por delito de opinião. Mas tudo o que fizeram não lhes dá o direito de agir como uma espécie de porteiros da festa, controlando que pode ou não, estar na dita. Como se a liberdade não se aplicasse a todos e a democracia não defendesse todas as posições, por muito parvas ou anti-democraticas que estas sejam. Além disso, não podem querer transformar Abril num movimento de pensamento único porque Abril fez-se para se exactamente o oposto! Para que cada um se sentisse livre para expressão as suas verdadeiras opiniões, sem censura ou limitação. É verdade que a Liberdade nos trouxe sempre quem quisesse aproveitá-la para a transformar numa ditadura tranvestida de democracia musculada.

Será que CHEGA?

Perdoem-me, antes de mais, as longas ausências do blog e a falta de conteúdo do mesmo... Parece dificil de acreditar mas entre projectos e trabalho pouco tempo, e vontade, para escrever aqui. Mas hoje, após o resultado das eleições Presidenciais de ontem, não podia deixar de as analisar e publicar a minha opinião. Terão sido os resultados de ontem a afirmação do CHEGA? Antes de mais estamos a falar de eleições Presidenciais com a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa quase garantida. Algum eleitorado resolveu protestar contra os estado de coisas, e quem sabe, contra o sistema, e resolveu votar no candidato anti-sistema. 11,97% do eleitorado , ou seja 496.661 eleitores, resolveu votar em André Ventura. É verdade que não devemos extrapolar os resultados desta eleição para as legislativas... Tradicionalmente, o voto nas legislativas é muito mais prudente, sendo no entanto expectável que podamos assistir a um aumento do seu número de votantes, muito por culpa do quase desaparecimento do CDS

A Direita Alternativa

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Sempre tive um interesse muito grande por fenómenos sociais. Devo confessar que nestes ultimos anos, nenhum fenómeno social foi tão impactante como o Brexit. E não foi pela decisão de sair da União Europeia, mas porque pela primeira vez, a chamada Direita Alternativa fazia prova de vida e ganhava a eleição. Passados uns meses do Brexit, em Novembro de 2016, Donald J. Trump era eleito Presidente dos Estados Unidos com um discurso em tudo semelhante àquele que serviu de base para a saida do Reino Unido da União europeia. Esse discurso, acente numa verdade alternativa, na diabolização da emigração, na discriminação social e no apoio à exclusão, simplista e popular com "soluções" aparentemente simples para os problemas cada vez mais complexos, teve grande correspondência num eleitorado enfraquecido, farto de promessas e soluções que nunca chegaram para travar a degradação continua do seu modo de vida, feitos pelos actores políticos utilizando sempre os mesmos disc