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A mostrar mensagens de junho, 2008

Em casa onde não há pão...

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Ando frustrado a pensar na vidinha e como esta crise me afecta no dia-a-dia. Os preços do combustível acabaram-me com o vício de andar de carro e os preços na loja estão cada vez mais elevados e já nem o Lidl se safa. É cada vez mais difícil fazer a economia doméstica. Antigamente, uma vez por outra ia jantar fora a um restaurante razoável, mas agora já nem isso posso. Quer dizer poder posso, mas não me atrevo a gastar dinheiro mal gasto em alturas como esta, pois o futuro é incerto. Para ver quando vem a retoma económica e as vacas a deixam de ser só pele e osso (com a aproximação do verão nem vai ser preciso fazer dietas relâmpago para caberem no biquíni) vou lendo uns jornais. Mas ainda fico mais deprimido. Uns dizem que a culpa é do governo e das suas políticas neoliberais e fascizantes. Outros porém argumentam que a crise é global e nos afecta mais ainda por não termos uma estrutura económica capaz de aguentar este impacto (o que quer que isto queira dizer...) e que a culpa é dos

Arraial Luso

Deixo-vos aqui um excelente artigo que vem hoje no Jumento. É só clicarem no título deste artigo ou então aqui . Leiam e reflictam. Um bom fim-de-semana a todos por igual, independentemente da cor política, sexo ou religião.

Exercício de Economia para as mentes em crise

Hoje vou fazer um pequeno exercício de economia. Estamos em crise financeira. Isso é do conhecimento e aceite por todos. Na maioria das empresas, o estado das contas é tão lastimável que algumas tiveram mesmo de fechar portas. São as encomendas não vêm, os preços que aumentam por via dos custos dos combustíveis, as matérias-primas a aumentar de preço, etc.. Tudo isto fez aumentar a despesa e baixar a competitividade das nossas empresas. É como em nossa casa. Se o vencimento que auferimos mensalmente não chegar para as despesas o que fazemos? Ou cortamos nas despesas ou recorremos ao crédito. Se recorrermos ao crédito, agravamos a despesa, pois temos de pagar os custos desse crédito. Nesse mês o filho lembra-se de dizer ao pai: “ó velhote a vida tá a ficar mais cara, tens de me aumentar a mesada, que esta já não dá para comprar berlindes. E nesta situação aumentamos a mesada do nosso filho? Ou dizemos-lhe que tem de se aguentar com o que tem, porque o dinheiro não cresce nas ár

Bater no Ceguinho

Alguém me pode explicar como se melhora o número da população activa sem haver investimento? Alguém me sabe dizer como pode haver um aumento do investimento em tempo de recessão e de crise financeira? Será que há alguém que nestas alturas esteja interessado em investir? É que para mim isto é claro, mas para muitos portugueses parece que a solução é óbvia e está ali ao virar da esquina. É só melhorar os vencimentos que a crise passa. Mas se não há dinheiro como se melhoram os vencimentos? A contestação sindical apareceu numa altura de maior crise, não com o objectivo de a ajudar a resolver, mas porque aproveitando o descontentamento generalizado era mais fácil fazer oposição ao Governo. Era a melhor altura de contestar as reformas em curso, que de populares não têm nada, mas que mal ou bem salvam o futuro dos nossos filhos. O que eu gostava é que os sindicatos abrissem uma empresa e empregasse boa parte dos cidadãos desempregados, que lhes desse um vencimento muito acima da média, ou se

Barreiro que Futuro? – Desafio 1 (Parte 3)

Como prometido aqui está a continuação dos dois artigos anteriores. Neste artigo desenvolvo o primeiro ponto dos desafios que deixei no artigo anterior, que pode ser consultado aqui , deixando algumas medidas que considero essenciais para o desenvolvimento do Barreiro. Este foi escrito antes de saber da possibilidade da Cidade do Cinema vir para o Barreiro. Pelo conteúdo abaixo, considero que este facto, a acontecer é uma vitória para o Concelho. Se de facto a actual Gestão Camarária conseguir este Projecto para a Cidade, serei o primeiro a dar os parabéns. Mas vamos ao que interessa: Desenvolver uma estratégia assente na recuperação e revitalização do tecido económico do concelho, aproveitando os novos investimentos do Governo e a localização geográfica privilegiada do Concelho. Esta é parte central de uma estratégia autárquica virada para o Século XXI. Hoje, a aposta exclusiva na política do betão está posta em causa, não só pelas questões ambientais que levanta, mas também p

É esta a Consideração que a CMB tem pelos seus Municipes

Hoje, a partir do meio dia, os TCB estão de greve até à meia noite. Não tenho nada contra a greve dos motoristas dos TCB, pois é um direito que lhes assiste. No entanto, a Câmara não decretar serviços mínimos ou disponibilizar transportes alternativos é uma pouca vergonha e uma falta de consideração para com os munícipes. Pagamos os nossos passes e estes senhores deixam-nos sem transportes e a única coisa que nos dizem é que têm a certeza que compreendemos, pois eles também estão a lutar pelos nossos direitos. Eu não encomendei a ninguém lutar pelos meus direitos e não compreendo porque razão uma Câmara que se diz tão preocupada com as suas "gentes" não assegure os transportes a quem se desloca diariamente para Lisboa. É vergonhoso!!! É escandaloso!!! É uma falta de respeito sem nome!!! É esta a consideração que a Câmara tem por nós barreirenses. Será que mais uma vez vou ver os autocarros dos TCB na Manif em Lisboa?

Barreiro que Futuro? – Parte 2 (Desafios do Futuro)

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Publico hoje o segundo artigo sobre o Futuro do Barreiro. Neste deixo algumas linhas gerais, que julgo serem aquelas que deverão orientar as futuras gestões da Câmara, de forma a tornar o concelho sustentável e dinâmico (na minha opinião), resultando numa maior qualidade de vida para os seus munícipes. Com os investimentos anunciados pelo Governo, quer no Barreiro quer no distrito de Setúbal, colocam-se novos desafios ao Concelho e este terá de dar uma resposta cabal da sua capacidade e do seu espírito de iniciativa. Estes investimentos, por si só, terão um impacto muito positivo na dinamização das forças económicas do concelho, permitindo certamente a sua revitalização. Mas se a atitude continuar a ser aquela que se registou até aqui, dificilmente o Barreiro voltará a ser um pólo de desenvolvimento económico como um dia já foi. É urgente desenvolver uma estratégia, que enquadre devidamente estes investimentos, assente na sustentabilidade económica, na melhoria da atractividade e n