25 de Abril = Natal
Meus amigos estamos na semana do 25 de Abril. Para nós é altura de renovar os nossos votos de democratas e de nos lembrarmos que defendemos a liberdade acima de tudo.
Para os Portugueses, o 25 de Abril é como o Natal, altura anual que guardamos para praticar o bem e dessa forma, perdoar-mo-nos 11 meses de pura maldade. Com o 25 de Abril passa-se o mesmo... Andamos 11 meses a mandar a democracia às couves, mas nesta altura somos os mais acérrimos defensores da dita e de todas a liberdades. individuais e colectivas. Durante o resto do tempo achamos que quem grita mais alto é que tem razão... Mas no 25 de Abril enchemos a boca de promessas renovadas em defendermos Abril e os seus conceitos. No resto do ano não respeitamos a opinião dos outros, achando que só a nossa é que é a certa, não compreendendo mesmo como é que os outros podem ser tão cegos que não vêem como somos nós os verdadeiros guardiões da razão... Burros!!! Mas no 25 de Abril lavamos a alma desses pecados e ficamos preparados para mais 11 meses de Não-Abril.
A propósito de liberdades e democracia, ontem ouvi um padre dizer que se fosse ele a mandar, suspendia o futebol durante 20 anos e expropriava todas as 2ªs e 3ªs casas que tivessem vazias. Viram... A primeira coisa que este senhor fazia se lhe dessem poder era impor a sua forma de ver o mundo aos outros e apoderar-se de património que não lhe pertence, em nome da justiça social.
Enfim Viva o 25 de Abril, pois quer queiramos quer não, trouxe mesmo essas coisas, que ainda hoje não entendemos, da liberdade e da democracia.
Aos verdadeiros hérois da revolução dos cravos, eu vos saudo.
A todos, Namaste
Para os Portugueses, o 25 de Abril é como o Natal, altura anual que guardamos para praticar o bem e dessa forma, perdoar-mo-nos 11 meses de pura maldade. Com o 25 de Abril passa-se o mesmo... Andamos 11 meses a mandar a democracia às couves, mas nesta altura somos os mais acérrimos defensores da dita e de todas a liberdades. individuais e colectivas. Durante o resto do tempo achamos que quem grita mais alto é que tem razão... Mas no 25 de Abril enchemos a boca de promessas renovadas em defendermos Abril e os seus conceitos. No resto do ano não respeitamos a opinião dos outros, achando que só a nossa é que é a certa, não compreendendo mesmo como é que os outros podem ser tão cegos que não vêem como somos nós os verdadeiros guardiões da razão... Burros!!! Mas no 25 de Abril lavamos a alma desses pecados e ficamos preparados para mais 11 meses de Não-Abril.
A propósito de liberdades e democracia, ontem ouvi um padre dizer que se fosse ele a mandar, suspendia o futebol durante 20 anos e expropriava todas as 2ªs e 3ªs casas que tivessem vazias. Viram... A primeira coisa que este senhor fazia se lhe dessem poder era impor a sua forma de ver o mundo aos outros e apoderar-se de património que não lhe pertence, em nome da justiça social.
Enfim Viva o 25 de Abril, pois quer queiramos quer não, trouxe mesmo essas coisas, que ainda hoje não entendemos, da liberdade e da democracia.
Aos verdadeiros hérois da revolução dos cravos, eu vos saudo.
A todos, Namaste
José Gil
ResponderEliminar1º Deve ser às couves e não às ouves.
2º Nem todos, nem todos.
Há quem preze muito esta data, pelo muito que significa.
Há quem a despreze e desejasse que fosse um dia sem história.
Há quem tente relembra-la pelo seu significado.
Há quem a traia em tudo o que ele trouxe de bom.
Mas ainda há muitos, muitos mesmo que percistem todos os dias em Abril.
Beijos
Olá Ana.
ResponderEliminarJá tratei das couves...
Eu não digo que não haja que respeite o "espírito" do 25 de Abril. O que me custa é que muitas vezes quem mais o diz defender é que o renega com as suas acções.
Um beijo muito grande
A propósito de liberdade lembrei-me dum idiota que por aí anda, que dá pelo nome de kira, pensa que tem graça, ofende os outros, é malcriado. Enfim, Deus não pode dar tudo. Em tempos esse idiota mandou uma espécie de poesia para o Rostos, criticando as pessoas do ps e chamou-lhe "Só me apetece fugir". Alguém mandou um comentário que o S. Pereira como "bom" democrata não publicou. Aqui vai esse comentário:
ResponderEliminarCá por mim podes fugir,/ não haverá grande perda!/ Onde é que tu podes ir?/ Olha, kira vai à merda!
Não sei se ele foi!
O 25 de Abril lembra-me o Sá Carneiro... quem em muitos casos mais contribuiu (ou tentou contribuir) para lhe meter uma faca nas costas é quem mais se arvora em seu defensor e, mais importante, "herdeiro natural" (ou filho espiritual).
ResponderEliminarMas o que raio foi o 25 de Abril?
:) => uma pergunta de retórica, porque a resposta não é simples nem imediata.
Mas não será o facto de muita gente (arriscaria mesmo a maioria) não ligar actualmente peva à data, especialmente se calha ao fim de semana, uma vitória do mesmo?
Enfim, aproxima-se o Verão que isso, sim, motiva os lusitanos.
Ao Anónimo... Pois eu sei quem é esse senhor. Às vezes era bom que paralelamente a sermos democratas também fossemos respeitadores.
ResponderEliminarPyros seja bem vindo. O teu comentário não é para todos os cérebros.
Concordo contigo quando dizes que a maior vitória de Abril é ele não precisar de ser constantemente recordado. (Tamos Lixados... Vamos ser apelidados de fascistas vais ver).
Um abraço aos dois
Zé Gil
ResponderEliminarNão te vou apelidar de fascista, nem ao outro comentador, mas não concordo (olha o espanto!).
Por essa lógica também se deixava de assinalar o 1º de Dezembro, o 5 de Outubro...
O 25 de Abril TEM de ser relembrado, reafirmado, construido, todos os dias.
beijos
Olá Ana. Também não estava à espera que fosses tu a apelidar-me de fascista.
ResponderEliminarAna temos de evoluir para um estágio em que o 25 de Abril não esteja sempre a ser posto em Causa, ou haja uma necessidade constante de relembrar os valores de Abril.
Por mim acho que os 3 D's foram conseguidos: D = Democracia -> Com mais ou menos celeuma, vivemos numa democracia. D = Desenvolvimento -> Mas este Portugal tem alguma coisa a ver com o anterior ao 25 de Abril? D = Descolonização = mal ou bem está feita.
Então o que falta fazer? NADA!! Falta adquirirmos a cultura democrática... E continuarmos a nossa evolução natural.
Um beijo e até ao dia do Trabalhador
Cara Ana,
ResponderEliminarPerdoe-me a "provocação" (que não o é), mas indirectamente parece concordar comigo ao referir a similidade com o 1º de Dezembro e o 5 de Outubro. O 25 de Abril fatalmente cairá no mesmo "esquecimento" das datas referidas, à medida que a memória geracional atirar o evento para os livros de história.
A importância particular destas datas está limitada à geração que as viveu. As subsequentes como, felizmente, não partilha o mesmo estado de necessidade, deixa de lhes dar importância.
Só sabe dar verdadeiro valor à comida quem passou fome.
Sinceramente acho que é altura de nos dispensarmos dos trejeitos advindos desse período. Passaram-se 33 anos. Chega de aturar "verdades" subjectivas dos pseudo donos da data.
Celebre-se a liberdade, que, por definição, não é pertença de ninguém. E cuja memória (o valor da liberdade) viverá muito para além dos actores, da data e de Portugal.
Pyros,
ResponderEliminarMuito bem. Belo "discurso".
Sim Senhora.
Conhecemo-nos ?
( Responda-me, se não for muita maçada, se tem mais ou menos de 35 anos de idade. Cá por coisas que o Zé tem cá na carola ... )
Cumps,
Zé.
Pyros
ResponderEliminar1ºNão entendo como provocação, o Zé Gil já sabe com educação tudo se discute comigo.
2ºHistoricamente não são datas tão distantes, ainda há quem tenho vivido antes de 5 de Outubro de 1910, o 25 de Abril de 1974, então muitos mais
3ºAcho bem que a Liberdade seja vivida diariamente, aliás faço por isso, mas certo é que EU não nasci em liberdade e democracia.
Quando nasci estava sujeita a autorização de pai ou marido para ter uma conta bancária ou para viajar.
Os rapazes da minha idade viam aproximar-se a altura de irem para a guerra.
Tinha 7 anos, mas isso sentia-se.
E isto são coisas triviais.
Tive pessoas proximas que passaram 14 anos no Tarrafal, ou que eram hospedes na Rua António Maria Cardoso com frequência.
A minha mãe para começar a trabalhar teve de assinar sob compromisso de honra um documento no qual garantia que não lhe passavam ideias subversivas ou ligadas ou comunismo ou socialismo pela carola.
Para mim faz muito sentido festejar o 25 de Abril, falar do 25de Abril, relembrar o país antes e depois do 25 de Abril.
Por fim, os donos da data, somos todos.
Os que nasceram em Liberdade e Democracia, os que morreram e lutaram por ela, os que assistiram a tudo, os actores principais e secundários.
Todos nós.
E a Libedade é um bem anianavel.
Zé não conhece não. O Pyros não é do Barreiro.
ResponderEliminarEu concordo que para quem viveu a falta da liberdade e da democracia, quem viveu essas privações seja mais arreigado na sua defesa. No entanto Ana, poucas são as pessoas que conseguem ser coerentes entre as palavras e as atitudes.
E era a isso que me referi no artigo.
Eu concordo que o "esquecimento" do 25 de Abril (no sentido em que o Pyros fala) resultará de um crescimento civilizacional. Ou seja, eu para defender a democracia e a liberdade não tenho de estar a evocar a data. Hoje, a Liberdade e a democracia ainda não são naturais para os portugueses, mas haverá um dia o será e aí, o 25 de Abril ocupará um lugar semelhante ao 1 de Dezembro.
Um abraço e um beijinho (este é só para a Ana)
Pyros
ResponderEliminar1ºNão entendo como provocação, o Zé Gil já sabe com educação tudo se discute comigo.
2ºHistoricamente não são datas tão distantes, ainda há quem tenho vivido antes de 5 de Outubro de 1910, o 25 de Abril de 1974, então muitos mais
3ºAcho bem que a Liberdade seja vivida diariamente, aliás faço por isso, mas certo é que EU não nasci em liberdade e democracia.
Quando nasci estava sujeita a autorização de pai ou marido para ter uma conta bancária ou para viajar.
Os rapazes da minha idade viam aproximar-se a altura de irem para a guerra.
Tinha 7 anos, mas isso sentia-se.
E isto são coisas triviais.
Tive pessoas proximas que passaram 14 anos no Tarrafal, ou que eram hospedes na Rua António Maria Cardoso com frequência.
A minha mãe para começar a trabalhar teve de assinar sob compromisso de honra um documento no qual garantia que não lhe passavam ideias subversivas ou ligadas ou comunismo ou socialismo pela carola.
Para mim faz muito sentido festejar o 25 de Abril, falar do 25de Abril, relembrar o país antes e depois do 25 de Abril.
Por fim, os donos da data, somos todos.
Os que nasceram em Liberdade e Democracia, os que morreram e lutaram por ela, os que assistiram a tudo, os actores principais e secundários.
Todos nós.
E a Libedade é um bem anianavel.