Aventura no Reino da Saúde

E a noticia caiu como uma bomba... O Mininstro da Saúde quer fechar Serviços de Urgência e SAP's (Serviços de Atendimento Permanente). Logicamente que ninguém está de acordo que se fechem estes serviços...

E qual foi o critério utilizado para escolher quais a unidades que deveriam fechar? Um critério estatístico de quantas pessoas recorrem a estes serviços, por dia, mês e ano. Obviamente que este critério está a ser duramente criticado, tanto por autarcas como pelos utentes.

Inclusivamente ouvi hoje num debate sobre o assunto numa rádio nacional, algumas pessoas com responsabilidades afirmarem que em questão de saúde não se pode olhar aos custos, desde que se satisfaça a população e se dê acesso a todos os Portugueses ao SNS (Serviço Nacional de Saúde), pois não queremos criar Portugueses de Primeira, que têm acesso aos cuidados médicos prestados pelos Hospitais e Portugueses de Segunda, que não têm acesso aos mesmos cuidados médicos.

No entanto, todos assumem a escassez de recursos, tanto financeiros como humanos, na Saúde.

E é aqui que a "porca torce o rabo"... na escassez de Recursos, pois apelar à não gestão eficaz dos recursos existentes, parece-me discurso populista e eleitoral, com o único fito de ganhar votos.

É engraçado como ainda não ouvi ninguém pedir o fim dos números clausus nos cursos de Medicina, medida que sem dúvida aumentaria o número de Médicos em Portugal... mas aumentando o número de médicos, diminuiria os preços pagos pelos seus serviços... Retirem as vossas conclusões.

Também é engraçado que em qualquer país as estatísticas norteam as decisões e orientam as políticas, mas em Portugal as estatísticas são como o Diabo... Ninguém as aceita ou estão sempre erradas.

Bem, retirem as vossas conclusões que eu sem dúvida que voltarei ao tema, pois como a coisa vai, ainda vai haver muito que escrever.

Comentários

  1. Dizer que a vida humana não tem preço é uma piada. Ter preço tem, não se sabe é qual (embora se desconfie que, infelizmente, a maioria está em saldo).

    A vida é feita de escolhas. Se queremos ter um sistema de infraestruturas médica que f
    açam uma óptima cobertura territorial, não serão de muito boa qualidade individual.

    Aliás, podemos até reduzir o raciocínio ao absurdo: para maximizar a vida dos portugueses, porque não colocar um "hospital" em cada casa? Claro que não é humana e economicamente viável. Mas então, a vida humana não tinha preço?

    Entretanto, os pobres dos Suecos fecharam as unidades de tratamento e diagóstico cardíaco espalhadas pelo país, substituindo-as por cinco unidades de topo, recorrendo a suporte tecnológico (na realidade, telemedecina). Resultado: melhor cobertura territorial, mais rápida resposta e melhores serviços de saúde. Ainda be que são pobres e têm de fechar unidades...

    Mas este jardim à beira mar plantado é rico...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Seja benvido Pedro. Em resposta à sua Pergunta faço-lhe outra. Se não há falta de médicos, então porque os estamos a "importar" de Espanha? Será só uma questão de especialidade?

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  4. Não, não há falta de médicos. Por exemplo, temos mais médicos per capita que a Inglaterra (com o seu "péssimo" SNS a comparar com o nosso)

    O que se passa é que precisamos de muito médico para fazer o mesmo. E temos os médicos mal distribuidos (geográficamente e por especialidade). Ora bem, viva a OdM (Ordem dos Médicos)

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  5. Dizer que a vida humana não tem preço é uma piada. Ter preço tem, não se sabe é qual (embora se desconfie que, infelizmente, a maioria está em saldo).

    A vida é feita de escolhas. Se queremos ter um sistema de infraestruturas médica que f
    açam uma óptima cobertura territorial, não serão de muito boa qualidade individual.

    Aliás, podemos até reduzir o raciocínio ao absurdo: para maximizar a vida dos portugueses, porque não colocar um "hospital" em cada casa? Claro que não é humana e economicamente viável. Mas então, a vida humana não tinha preço?

    Entretanto, os pobres dos Suecos fecharam as unidades de tratamento e diagóstico cardíaco espalhadas pelo país, substituindo-as por cinco unidades de topo, recorrendo a suporte tecnológico (na realidade, telemedecina). Resultado: melhor cobertura territorial, mais rápida resposta e melhores serviços de saúde. Ainda be que são pobres e têm de fechar unidades...

    Mas este jardim à beira mar plantado é rico...

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