Aventura de Abril

Às primeiras horas do dia 25 de Abril de 1974, o Rádio Clube de Portugal tocava Grandola Vilamorena, sinal que pôs em marcha a Revolução dos Cravos.

Confesso que essa musica me faz vir as lágrimas aos olhos, todas as vezes que a oiço. Não vivi esse Abril, mas quase sinto a euforia da libertação, o sentimento da Liberdade encontrada após de 40 anos de ditadura.

Ao ver as fotografias desse dia, pode ver-se no rosto das pessoas a nova esperança, a alegria perdida de um povo. A chegada do Homem Novo. Eram tempos de confraternização, de luta conjunta, de igualdade, fraternidade e liberdade. Assistia-se ao nascimento de um Portugal novo.

Passados 33 anos, Portugal está mais maduro. A data do seu nascimento é celebrada com pompa e circunstancia, mas está cada vez mais longe da impetuosidade da sua juventude. Com a idade veio o esquecimento dos ideiais que fizeram nascer este novo Portugal? Eu penso que não. A liberdade veio para ficar. Somos cada vez mais donos do nosso destino.

Estará tudo feito? penso que não. Muita coisa ainda está por fazer, mas também só temos 33 anos, já somos velhos para algumas coisas, mas muito novos para outras. A sabedoria vem com a experiência. Caminhamos apoiados e isso é que é importante.

Mas está na altura de se fazer um balanço destes últimos 33 anos. Do que se fez de bom e de menos bom. Aprender com os erros do passado para melhorarmos o Futuro. Mas uma coisa eu tenho a certeza... A LIBERDADE nunca foi, não é, nem nunca será um erro.

Por último, porque celebrar o 25 de Abril, também é celebrar quem o fez, o Povo, uma palavra de apreço para todos os que lutaram por esta liberdade. Obrigado, por terem lutado para que eu possa estar aqui hoje a escrever sem censura e poder dar a minha opinião. Obrigado por terem transformado este Portugal, que se soube reenventar e continuará a saber, sempre consciente que a Liberdade é o mais valioso direito que possuimos.

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