Aventura da Coisa Pública

Ora viva. Hoje apetece-me falar do Estado e do seu estado.

A semana passada, veio a lume uma realidade engraçada. Após 6 meses de análise, somente 95 funcionários foram considerados excendentários. Ena tantos!!! foram precisos 6 meses para chegarem à brilhante conclusão que, dentre de 500.000 funcionários públicos, só 95 é que estão a mais. Gostaria de saber a quem é que foi encomendado este estudo...

Sendo assim, como é que temos um Estado tão inoperante? Como é que o seu índice de satisfação dos Clientes é tão baixo? Algo está errado. Uma coisa é certa, o nosso Estado é um sorvedouro de dinheiro.

Do meu ponto de vista, é necessário remodelar o Estado, retirar da sua alçada o que não é, nem deve ser público, como por exemplo o Ensino e a Saúde, senão vejamos: No ensino, o papel do Estado não deve ser Construir e manter edificios e pagar recursos humanos. Deve ser sim, pugnar para que cada cidadão tenha acesso garantido ao ensino, através de financiamento às famílias que demonstrem não ter capacidade para pagar os estudos dos seus filhos e Legislar sobre os programas e Controlar a qualidade do Ensino praticado nas escolas.

Como as coisas estão hoje, a maioria das Escolas está degradada e sem condições, a maioria dos Professores estão insatisfeitos (pelo menos aqueles que pretendem realizar um bom trabalho) e a escola falha em toda a linha, no que diz respeito à educação dos nossos filhos.

Ou seja, não há controlo do ensino, nem da sua qualidade, nem dos recursos... Porque o Estado gasta o dinheiro em Salários e em Reparações. Perguntem aos vossos filhos, quantas vezes tiveram em sala um inspector do ministério, para avaliar o trabalho do Professor? se calhar nem sequer sabem que existem inspectores.

Na minha opinião, o Estado devia privatizar o Ensino, chamando a si o papel de controlar a sua qualidade e assegurar verdadeiramente o acesso das pessoas mais necessitadas ao ensino. É mais barato subsidiar o ensino, do que os edificios e os professores. Isto sim seria uma verdadeira medida de integração.

Se não acreditam na minha ideia, vejam o caso das creches, onde o Estado passou estes serviços para as IPSS (Instituições Privadas de Serviço Social). Quem não tem dinheiro para pagar o serviço, o Estado Subsidia.

Vamos espantar os fantasmas da privatizações e deixar os modelos antiquados de Administração Estatal.

Acreditem que o exemplo do Ensino poderia ser seguido pela Saúde... Mas nós, em Portugal, ainda temos medo do Lucro e ainda desconfiamos das empresas privadas.

Bem hajam

Comentários

  1. Tás um autêntico liberal /proud

    Eu, que de esquerdas não sou grande adepto (aliás, acho piada à ilusão mental das pessoas), há muito tempo que acho que as escolas, hospitais e muitas outras coisas consideradas como "bem público" deveriam deixar de ser produzidas pelo Estado - produzidas, não monitorizadas.

    Um dos argumentos habitualmente apresentados é da segurança e acesso do fornecimento - tipo - "se o estado não garante a educação, quem garante?" Isso são duas falácias (numa só, um raro exemplo de eficiência). Primeiro, não é preciso deter os meios de produção para assegurar o seu regular fornecimento. Segundo, o facto de ser privado não impede que o acesso se faça. Aliás, bens mais essenciais que a educação são completamente privados, e, recordo, os mesmos argumentos aplicaram-se em tempos a fábricas de cerveja.

    Há muito a dizer sobre o assunto, mas só uma pequena nota final: - os funcionários públicos (tanto qt alguém saiba) não são 500.000, mas mais pelos 750.000. 95 a mais? só se for 95% :P (ok, um ouco de exagero.. 90%)

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  2. Olá... Obrigado pelo Proud, mas o objectivo desta privatização tem mais a ver com justiça social e a forma de a fazer num Estado parco de Recursos.

    A minha ideia não liberalizar tudo o que é Estatal, mas sim que o que não tenha de ser, deixe de ser, de forma a que o Estado possa utilizar (gastar) melhor os recursos que tem à sua disposição, em prol da população portuguesa.

    Mais uma vez agradeço o teu contributo.

    Um Abraço

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  3. Olá... Obrigado pelo Proud, mas o objectivo desta privatização tem mais a ver com justiça social e a forma de a fazer num Estado parco de Recursos.

    A minha ideia não liberalizar tudo o que é Estatal, mas sim que o que não tenha de ser, deixe de ser, de forma a que o Estado possa utilizar (gastar) melhor os recursos que tem à sua disposição, em prol da população portuguesa.

    Mais uma vez agradeço o teu contributo.

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