Aventura da Avaliação de Desempenho
Hoje vamos navegar em águas verdadeiramente turvas. Como é sabido, o Governo prepara-se para apresentar o modelo de reestrutração da Função Pública, modelo esse que prevê que a progressão na carreira passe a depender da avaliação do desempenho de cada funcionário, tal como os aumentos... Mais uma vez grita-se aqui del rei que nos estão a roubar os nossos direitos adquiridos. Quando é que alguém começa a falar em deveres adquiridos?
Sobre as avaliações, tenho uma palavra a dizer. A minha experiência como formador com milhares de horas de formação dadas, demonstrou-me que se há coisa que os Portugueses não gostam é de serem avaliados, nem de avaliar os seus pares. Quando têm a responsabilidade de o fazer, imediatamente assumem uma atitude paternalista e benevolente com o avaliado, ou seja, ele até é boa pessoa e tem filhos para cuidar e a coitada da mulher até está desempregada por isso vou-lhe dar mais um pontinho aqui, para se safar!!!!
Em suma, quando temos de avaliar o desempenho de alguém, fazemo-lo sempre por critérios que nada têm a ver com o desempenho laboral, pondo em causa o mérito e o esforço. Assim, tiveram de criar quotas para que nem todos fossem excelentes ou muito bons (devemos ser únicos neste aspecto).
Depois, a avaliação de desempenho é entendida por todos como uma ferramenta que serve para o despedimento em massa, quando na realidade o princípio que nortea esta ferramenta é o diagnóstico das necessidades, de forma a melhorar o desempenho e as capacidades de cada um.
Desta forma, ainda não percebi porque carga de água é que premiar-se quem realmente se esforça e quem realmente faz, é assim tão complicado.
No que toca à Função Pública, eu penso que o problema está a ser posto de forma errada. No meu entender, o problema da Função Pública está ligado maioritariamente à eficiência, ou seja o custo que pagamos para que ela seja fracamente eficáz (que já agora significa produzir os resultados esperados, enquanto eficiência significa o custo da obtenção dos resultados). Logo, até admito que a nossa Função Pública seja eficáz (eu devo estar a precisar de férias...), mas a sua eficência é francamente reduzida. E eu faço uma pergunta: Será que são necessários tantos recursos para se obter este nível de resultados? Se calhar não...
A minha Avó costumava dizer que quando uma sala está desarrumada, não há prateleiras que cheguem...
Só mais uma coisinha... Antigamente os funcionários públicos tinham uma quantidade de regalias extras (como não pagarem impostos) porque ganhavam muito abaixo do que se pagava nos particulares. Hoje em dia, já não é assim, daí ter de se rever as regalias do funcionalismo público.
Um bom Santo António e não comam muitas sardinhas...
Sobre as avaliações, tenho uma palavra a dizer. A minha experiência como formador com milhares de horas de formação dadas, demonstrou-me que se há coisa que os Portugueses não gostam é de serem avaliados, nem de avaliar os seus pares. Quando têm a responsabilidade de o fazer, imediatamente assumem uma atitude paternalista e benevolente com o avaliado, ou seja, ele até é boa pessoa e tem filhos para cuidar e a coitada da mulher até está desempregada por isso vou-lhe dar mais um pontinho aqui, para se safar!!!!
Em suma, quando temos de avaliar o desempenho de alguém, fazemo-lo sempre por critérios que nada têm a ver com o desempenho laboral, pondo em causa o mérito e o esforço. Assim, tiveram de criar quotas para que nem todos fossem excelentes ou muito bons (devemos ser únicos neste aspecto).
Depois, a avaliação de desempenho é entendida por todos como uma ferramenta que serve para o despedimento em massa, quando na realidade o princípio que nortea esta ferramenta é o diagnóstico das necessidades, de forma a melhorar o desempenho e as capacidades de cada um.
Desta forma, ainda não percebi porque carga de água é que premiar-se quem realmente se esforça e quem realmente faz, é assim tão complicado.
No que toca à Função Pública, eu penso que o problema está a ser posto de forma errada. No meu entender, o problema da Função Pública está ligado maioritariamente à eficiência, ou seja o custo que pagamos para que ela seja fracamente eficáz (que já agora significa produzir os resultados esperados, enquanto eficiência significa o custo da obtenção dos resultados). Logo, até admito que a nossa Função Pública seja eficáz (eu devo estar a precisar de férias...), mas a sua eficência é francamente reduzida. E eu faço uma pergunta: Será que são necessários tantos recursos para se obter este nível de resultados? Se calhar não...
A minha Avó costumava dizer que quando uma sala está desarrumada, não há prateleiras que cheguem...
Só mais uma coisinha... Antigamente os funcionários públicos tinham uma quantidade de regalias extras (como não pagarem impostos) porque ganhavam muito abaixo do que se pagava nos particulares. Hoje em dia, já não é assim, daí ter de se rever as regalias do funcionalismo público.
Um bom Santo António e não comam muitas sardinhas...
Mas achas que as quotas ajudam a resolver. Num serviço com até 20 pessoas só uma é que pode ser excelente?!!!
ResponderEliminarMas isto requeria muita conversa e hoje não estou para aí virado.
Um abraço.
Eu não acho que as quotas sejam solução para o problema. São um mal necessário, porque neste país poucos são os que entendem o conceito de Avaliação e o praticam com alguma justiça.
ResponderEliminarVê o que acontece com a avaliação Anual do Professores. Investiga os resultados dessa avaliação e depois diz-me que as quotas neste país não são necessárias.
Um abraço fraterno
Eu não acho que as quotas sejam solução para o problema. São um mal necessário, porque neste país poucos são os que entendem o conceito de Avaliação e o praticam com alguma justiça.
ResponderEliminarVê o que acontece com a avaliação Anual do Professores. Investiga os resultados dessa avaliação e depois diz-me que as quotas neste país não são necessárias.
Um abraço fraterno