Espécie de Esclarecimento
Desculpem este interregno nas Aventuras, mas tenho um esclarecimento a fazer. Já por duas vezes fui chamado de Neoliberal, pelas ideias que expresso aqui neste blog.
Apesar de não ter nada contra os Neoliberais, não me considero um, pois eu acredito num Estado participativo, num estado que desempenha um papel regulador e que exerça um papel de Controlo.
Como diria um grande Amigo meu, é necessário redefinir o que se considera "Coisa Pública" ou seja, redefinir quais os serviços que realmente devem ser prestados pelo Estado e pagos por todos nós, através dos nossos impostos.
Por outro lado, nós portugueses temos de perder, de uma vez por todas, os pruridos que temos com o "Lucro". Esta nossa postura, que se deve ter generalizado nos anos 70, classifica todos os que visam o lucro, como oportunistas e aproveitadores. O que não é verdade. O Lucro é necessário para a sobrevivência de tudo, inclusivamente para a nossa economia caseira.
Que empresa sobrevive sem lucro? E o problema é que o Estado, nos últimos anos, tem crescido mais do que a Economia do País, ou seja, o Estado gasta mais do que ganha. Não dá Lucro... e como diz o Povo: "Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
No meu ponto de vista, existem serviços do Estados que podem ser passados à iniciativa privada. Entre eles, a Educação e a Saúde. Porque não devem ser os privados a prestar estes Serviços? Porque é que o Estado tem de ter médicos, enfermeiros, professores, auxiliares de educação nos seus quadros? Porque tem de suportar infraestruturas e fazer uma gestão péssima dos Recursos?
Houve alguém que deixou de ter telefone, desde que a PT deixou de ser uma Empresa pública? ou electricidade desde que a EDP passou a ser Privada? Então porque não as escolas e os Hospitais?
O papel do Estado deverá ser o de garantir que todos têm acesso aos serviços, independentemente da sua condição financeira, ou seja, os ricos que podem pagar, pagam... os pobres que não possam pagar, o Estado contribui. Parece-me mais justo, socialmente, que o modelo actualmente em vigor, onde os ricos fingem ser pobres e muitas vezes os que realmente não deveriam pagar, são aqueles que suportam o SNS.
Volto a dizer que não me considero um Liberal ou NeoLiberal, porque considero que o Estado tem de manter um papel activo na Acção Social, promovendo-a e controlando a que é prestada pelos privados. E para que isso aconteça é necessário que haja dinheiro a entrar...
E já agora, na nossa Constituição continuam a figurar dois artigos engraçados: O primeiro diz que todos temos direito a uma habitação condigna.; O segundo diz que o ensino deverá ser gratuito. Ora num país onde fugir aos Impostos é um traço Cultural e uma demonstração de virilidade e o oportunismo e a xico-espertice é ensinada a todos o bebés, quem paga as habitações condignas e o ensino? A não ser que os trabalhadores das Escolas vivam do ar, parece-me que estes dois artigos são demonstrativos da nossa miopia cultural.
Um abraço
Apesar de não ter nada contra os Neoliberais, não me considero um, pois eu acredito num Estado participativo, num estado que desempenha um papel regulador e que exerça um papel de Controlo.
Como diria um grande Amigo meu, é necessário redefinir o que se considera "Coisa Pública" ou seja, redefinir quais os serviços que realmente devem ser prestados pelo Estado e pagos por todos nós, através dos nossos impostos.
Por outro lado, nós portugueses temos de perder, de uma vez por todas, os pruridos que temos com o "Lucro". Esta nossa postura, que se deve ter generalizado nos anos 70, classifica todos os que visam o lucro, como oportunistas e aproveitadores. O que não é verdade. O Lucro é necessário para a sobrevivência de tudo, inclusivamente para a nossa economia caseira.
Que empresa sobrevive sem lucro? E o problema é que o Estado, nos últimos anos, tem crescido mais do que a Economia do País, ou seja, o Estado gasta mais do que ganha. Não dá Lucro... e como diz o Povo: "Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
No meu ponto de vista, existem serviços do Estados que podem ser passados à iniciativa privada. Entre eles, a Educação e a Saúde. Porque não devem ser os privados a prestar estes Serviços? Porque é que o Estado tem de ter médicos, enfermeiros, professores, auxiliares de educação nos seus quadros? Porque tem de suportar infraestruturas e fazer uma gestão péssima dos Recursos?
Houve alguém que deixou de ter telefone, desde que a PT deixou de ser uma Empresa pública? ou electricidade desde que a EDP passou a ser Privada? Então porque não as escolas e os Hospitais?
O papel do Estado deverá ser o de garantir que todos têm acesso aos serviços, independentemente da sua condição financeira, ou seja, os ricos que podem pagar, pagam... os pobres que não possam pagar, o Estado contribui. Parece-me mais justo, socialmente, que o modelo actualmente em vigor, onde os ricos fingem ser pobres e muitas vezes os que realmente não deveriam pagar, são aqueles que suportam o SNS.
Volto a dizer que não me considero um Liberal ou NeoLiberal, porque considero que o Estado tem de manter um papel activo na Acção Social, promovendo-a e controlando a que é prestada pelos privados. E para que isso aconteça é necessário que haja dinheiro a entrar...
E já agora, na nossa Constituição continuam a figurar dois artigos engraçados: O primeiro diz que todos temos direito a uma habitação condigna.; O segundo diz que o ensino deverá ser gratuito. Ora num país onde fugir aos Impostos é um traço Cultural e uma demonstração de virilidade e o oportunismo e a xico-espertice é ensinada a todos o bebés, quem paga as habitações condignas e o ensino? A não ser que os trabalhadores das Escolas vivam do ar, parece-me que estes dois artigos são demonstrativos da nossa miopia cultural.
Um abraço
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