Delirios em Azul

Sentado só no culminar do dia,
desejo a noite aconchegante,
o escuro caridoso e envolvente,
que deixe o ser adormecer ternamente.

Envolto nos braços de Morfeu,
parto atrás de terras distantes e fantásticas,
parto atrás de ilusões doces inebriantes,
que me fazem voar para longe da realidade.

Nelas sou um herói.
Nelas não sou eu mas reconheço-me.
Nelas reside a liberdade total e aniquilante,
Nelas me refugio e acordo.

Acordo para o mundo do ser de fantasia,
voltando a ser crianças de mil mundos conquistador,
Rei do Céu e da Terra,
Senhor do Tempo e da Realidade.

O meu único medo é o dia e a luz,
essa luminosidade criminosa que me arranca do sonho
e me devolve cruelmente ao dia
e à vida sem fantasia.

Essa luz que chega de manhã
e trás a morte consigo.
A morte do sonho e da alegria,
a morte do real e do dia-a-dia.

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