Tempos difíceis
Estes últimos tempos têm sido difíceis. Primeiro foi preço dos combustíveis, depois os suprime e agora a falência dos bancos... Estamos realmente a viver tempos inesperados. Lembram-se da terceira parte do filme ZeitGeist em que se acusavam os banqueiros mundiais de estarem por detrás de uma conspiração para tomarem o poder? Ora essa conspiração acabou de falir!!!!Inclusivamente uma das famílias citadas no filme, os Morgan, estão a tentar vender 40% da J.P. Morgan aos chineses.
Estes tempos levam alguns a apontar o dedo ao capitalismo ou ao liberalismo capitalista e a dizer que a culpa é desse sistema que só visa o lucro e que não se preocupa com a condição humana. Outros vêm já sinais do fim do mundo, pois acreditam que as últimas intervenções estatais são piores que o demónio (estou a falar da intervenção para salvar a AIG).
Ao longo da Administração Bush, tivemos um Governo que desregulamentou o mais que pôde os mercados, cortou nos impostos, cortou nos programas governamentais e aumentou as despesas ligadas à compra de armamento e afins... O saldo de 8 anos de governo é um deficit de 1 trilião de dolares. Ou seja, aumentou a despesa sem aumentar a receita!!!! Ora um Estado para gastar tem de o ter... senão endivida-se... Os recursos financeiros são finitos e escassos, daí que a principal função de um governo é aplicar esses recursos para melhorar o bem comum.
No nosso caso, esses recursos servem para pagar o próprio Estado. Quer dizer, 40% dos nossos impostos são utilizados para pagar ordenados, para manter infraestruturas etc..
Os resultados que estamos a ter não apontam para o fim do capitalismo, mas para a emergência do capitalismo responsável e para uma postura diferente dos Estados. Fica provado que o mercado per si não se consegue regular, mas também é mais do que sabido que uma excessiva intervenção do Estado é bastante prejudicial.
Estes resultados reforçam ainda a posição de Obama, que tem visto o número de vtante subir, à medida que a crise vai avançando.
Estes tempos levam alguns a apontar o dedo ao capitalismo ou ao liberalismo capitalista e a dizer que a culpa é desse sistema que só visa o lucro e que não se preocupa com a condição humana. Outros vêm já sinais do fim do mundo, pois acreditam que as últimas intervenções estatais são piores que o demónio (estou a falar da intervenção para salvar a AIG).
Ao longo da Administração Bush, tivemos um Governo que desregulamentou o mais que pôde os mercados, cortou nos impostos, cortou nos programas governamentais e aumentou as despesas ligadas à compra de armamento e afins... O saldo de 8 anos de governo é um deficit de 1 trilião de dolares. Ou seja, aumentou a despesa sem aumentar a receita!!!! Ora um Estado para gastar tem de o ter... senão endivida-se... Os recursos financeiros são finitos e escassos, daí que a principal função de um governo é aplicar esses recursos para melhorar o bem comum.
No nosso caso, esses recursos servem para pagar o próprio Estado. Quer dizer, 40% dos nossos impostos são utilizados para pagar ordenados, para manter infraestruturas etc..
Os resultados que estamos a ter não apontam para o fim do capitalismo, mas para a emergência do capitalismo responsável e para uma postura diferente dos Estados. Fica provado que o mercado per si não se consegue regular, mas também é mais do que sabido que uma excessiva intervenção do Estado é bastante prejudicial.
Estes resultados reforçam ainda a posição de Obama, que tem visto o número de vtante subir, à medida que a crise vai avançando.
Zé Gil
ResponderEliminarResta saber quanto desses 40% é gasto em funcionários e quanto é gasto em cargos nomeados.
Quanto é gasto em viaturas que fazem falta e quanto é gasto em carros de uso pessoal, etc...
vou deixar um texto de Mário Crespo, que acho interessante, grande mas interessante.
Um beijo
e aqui vai
"Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.
Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos. "
Que diz?
Olá Ana. Um beijo em primeiro lugar...
ResponderEliminarEu concordo com o texto do Mário Crespo. Repare que gasto é gasto... há nomeações que são justificadas, tal como há funcionários que não se justificam... Um custo é um custo, a partir do momento é que não haja retorno.
Sabe que a Ana, em verdade, deveria ser contra o texto de Mário Crespo, pois este fala de abdicar de direitos adquiridos. Tanto é ladrão quem rouba um como quem rouba um milhão e o principio aqui é que conta. Deveremos abdicar de direitos adquiridos ao longo dos tempos?
Um beijo grande (este é diferente do primeiro... é maior).
ò Zé Gil
ResponderEliminarNão me substime há direitos e direitos!
Na idade Média o dono das terras, o senhor, tinha o direito de passar a noite de nupcias com qualquer noiva (a dos outros), não me parece que fosse um direito a conservar.
É claro que há nomeações necessárias, veiculos necessários, etc...
O que o Mário Crespo foca tem a ver com abuso, claramente abuso de direitos, tem a ver com salários milionários e pensões tão diferentes dos rendimentos do comum dos portugueses.
Mais abusos cometidos por quem tem, na maior parte dos casos, poder para atribuir direitos a si próprio.
Mas o Zé percebeu e está só a picar-me.
Entretanto para convivio futuro devo esclarecer que eu não tenho uma cabeça espartilhada ou sujeita a pensamentos pré feitos, costumo pensar por mim, assim tomo as minhas opções.
Quanto ao segundo beijo ser maior está á vontade, os mimos nunca são demais.
Isto tem dias e até tem dias que se precisa de mimos dos adversários, já chega quando nos batem....
Por fim registo pessoal, folgo em perceber que: o filme colocou-lhe algumas duvidas existências, é isso mesmo não para tomar á letra é para processar e tirar as nossas próprias conclusões; depois, mais importante, está melhor!
Beijos
Oh Ana é lógico que a estou a "picar", mas no bom sentido. No entanto e no departamento de direitos abusivos cabe muita coisas e não só no caso dos gestores públicos...
ResponderEliminarUm milhão de beijos!!! (se não chegarem ainda lhe arranjo mais!!!)