Revoluções Armadas - Um Exercicio "democrático"

Gostaria que os que andam por ai a apregoar ao Levantamento Popular e à Revolução Armada, tivessem a coragem de publicar essas mesmas palavras com o seu nome verdadeiro e com a sua fotografia ao lado. Será que continuariam a apregoar a revolução pela força? Acho que não...

Mas vamos lá tentar seguir esta via. Fazia-se uma revolução armada que derrubava o governo democraticamente eleito. Depois os revoltosos criavam uma junta de salvação nacional até haver eleições outra vez. A Junta decidiria manter a mesma estrutura de Partidos, que existia antes da Revoluçlão Armada, ilegalizando somente o partido que estava no Governo por ser o causador de todas as desgraças que levaram à necessidade da Revolução. Nas primeiras eleições livres ganhava um Partido que não fosse o dos revoltosos... (onde é que eu já vi isto?)! Como isto não poderia ser lá vinha outra vez a Revolução Armada e a ilegalização do Partido que tinha ganho as eleições. Teríamos uma espécie de Primeira República, mas com combates na rua e não no Parlamento. Seria giro haver eleições todos os dias e revoluções de 3 em 3 semanas!

Ao fim de algum tempo e de um par de Revoluções armadas só restava um Partido legal (os dos revoltosos e não no sentido brasileiro do termo). Ora assim já poderia haver eleições com partido único (Espero que não chamassem ao partido União Nacional) que ganharia as eleições por uma larga maioria. Todos os bandalhos que não fossem pró governo seriam encarcerados. Aliás criar-se-ia uma polícia só para vigiar quem pudesse ter ideias reaccionárias (é pá se se chamasse PIDE/DGS...) e dissuadir estas pessoas de pensarem por elas.

Como estamos na UE e estas coisas de revoluções armadas e derrubes de governos eleitos democraticamente não são lá muito bem aceites, teriamos de fazer uma de duas coisas ou sairíamos da União Europeia ou teríamos de montar um teatro muito bem montado para os enganar. Não nos poderíamos esquecer que sendo eles todos neo-liberais, o nosso engodo teria de ser mesmo muito bom ou eles ficariam desconfiados.

Será que é este cenário que os senhores que apelam à revolução armada ou ao levantamento de rancho ou lá o que é, querem? Faltar-lhes-á assim tanta cultura democrática? Ou no tempo da outra senhora eram fascistas? Se calhar eram... Se calhar deviam pensar antes de escreverem o que escrevem.

Sobre a Revolução Armada e tal estamos conversados...

Comentários

  1. Cidadãos que não têm direitos, liberdades e garantias como todos os outros no seu país, nomeadamente o direito à liberdade de expressão, que descontaram para um FUNDO DE PENSÕES que os politicos gastaram, e para a assistência à doença que agora estão a retirar às suas familias, em 30 anos os politicos retiraram-lhes as referências do sistema renumeratório com outras categorias como juizes e professores, a compensação por não terem direitos de cidadania, seria o Suplemento da Condição Militar, que o governo parece querer tirar.
    se a isto juntarmos a revolta por conhecerem na pele o que a doutrina que facção Iberista do PS defende, ou seja, o estrangulamento inexorável, do principal pilar da soberania nacional, AS FORÇAS ARMADAS. Atingido esse objectivo Portugal deixará de existir como estado, estarão criadas as condições para uma união ibérica. Os militares não esquecem que Portugal perdeu o direito histórico, ao que os antepassados nos legaram, em favor de povos que não tinham esse direito histórico, porque nuns casos os seus antepassados chegaram ao mesmo tempo ou depois dos portugueses, e noutros a terra era deserta, especialmente em Àfrica.
    Com os politicos que temos a defender as "autonomias progressivas" parece que as regiões autonomas, descobertas pelos portugueses, mais tarde terão o mesmo descaminho, vejam-se os artigos do novo estatuto das autonomias, normalmente omitidos na comunicação social em que o Governo Regional passaria a deter poderes sobre as Forças Armadas e a Justiça, enquanto o poder Central continuaria a pagar.
    Com base na mesma "teoria" podem os marroquinos defender seu direito histórico a este rectângulo ou a parte dele, porque aqui chegaram antes de nós e aqui permaneceram 800 anos.
    Depois só nos resta o Condado Portucalense, que como é bom de ver, terá de curvar-se ao rei de Espanha, mas não há problema nenhum porque estamos na Comunidade Europeia....santa ignorância.

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  2. O Capitão tem realmente o direito à sua opinião... Mas já agora defende uma revolução armada? E é militar certo? E é um democrata?

    Mais não pergunto.

    Uma coisa é certa não me podem acusar de não ser um democrata depois desta.

    Um abraço

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  3. REVOLUÇÃO ARMADA? NEM PENSAR, temos bons politicos, nada corruptos, com eleveda estatura ética e moral, foram "eleitos", mas esquecem-se de cumprir as leis da Républica em especial as que dizem respeito aos militares, preperam-se para alienar os Açores e a Madeira, como se fossem "quintas" do seu potrimónio, por isso, até podemos nem ter Forças Armadas, nos tempos que correm a ameaça não usa uniforme e a soberania nacional existirá enquanto existirem portugueses democratas, patriotas, mesmo civis, que a queiram defender.
    Já estou a ver os patriotas civis a patrulhar a costa para evitar a entrada da droga, ou prontos para as ameaças islâmicas do Norte de África....o melhor é acabarem as Forças Armadas...Portugal ficará um "pais exíguo" tipo Porto Rico", ou memo uma região de Espanha. Vamos todos ficar bem melhor, com grades nas janelas.

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