Sobre Casamentos Gay

Esta semana voltou-se a falar da questão do casamento gay. Quero dizer que sou a favor. Sobre este assunto tenho a mesma opinião que tive face ao aborto. O facto de se ser contra ou a favor é completamente secundário. Para mim, e isto sim é o mais importante, a questão reside em garantir a liberdade de escolha de todas as pessoas e a única forma de garantir essa liberdade de escolha é pela liberalização.

Mas vamos por partes. Relativamente ao casamento gay, quem é e com que bases um Estado Laico proíbe a união civil de duas pessoas que o querem fazer de livre vontade? Que a Igreja Católica não queira conceder o voto do matrimónio a pessoas do mesmo sexo, concordo. Agora o Estado? Será que os homossexuais, perante o Estado Português, não são pessoas de pleno direito? Então se o são qual o fundamento para os descriminar?

Acho que mais uma vez se misturam alhos com bugalhos nesta discussão e que mais uma vez o bom-senso vai imperar, como já aconteceu na questão do aborto... Mas que a campanha vai ser suja e as tentativas de desinformação vão ser mais que muitas, também é verdade.

Comentários



  1. Para mim estava tudo clarinho, as pessoas não podem ser descriminadas pela sua orientação sexual,como tal as religiões que ajam lá de acordo com o que querem.

    beijos

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  2. Não sei se sou a favor se contra. Mas não achas bem pôr limitações ao casamento? Sendo assim uma criança com 10 anos pode casar; um demente pode casar; um sujeito pode casar com 2 ou mais mulheres; uma mulher pode casar com 2 ou mais homens,um irmão pode casar com a irmã; o pai pode casar com a filha e etc., etc., etc. Como vês há muitas limitações. É melhor pensar um pouco e não dicidir de ânimo leve.

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  3. Ana concordo inteiramente contigo. A nossa Constituição garante que todos somos iguais perante o Estado.

    Anónimo - De tudo o que disseste só concordo com a limitação ao casamento de ou com menores de idade. Tudo o resto acho que deveria ser permitido, desde que os envolvidos sejam adultos. Quem sou eu para criticar a união entre dois irmãos maiores de idade e que no seu perfeito juízo queiram-se "casar" civilmente? E já agora o que é que Estado tem a ver com quem eu caso ou deixo de casar?

    Cumprimentos aos dois e desculpem o atraso da resposta

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  4. Zé Gil
    Isto é mais para o anónimo,quanto aos irmãos e tal e coisa faz-me confusão.
    A bigamia continua a ser crime e a meu ver está muito bem, não se mexe, casam com quantos quiserem um de cada vez.
    Agora um demente pode procriar, nada o impede....
    E não sou a favor da eugenia.

    beijos

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  5. Caro Gil,

    Este é um assunto que me deixa muito renitente no seu completo conteúdo e tenho algumas reservas.

    Cordialmente
    Zé Ferradura

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  6. Um pouco tarde, mas cá vai.

    Eu sou contra a sua implementação. Mas a favor, desde que se façam algumas mudanças prévias.

    Devem ser as pessoas ser discriminadas em virtude da sua orientação sexual?

    Não

    Mas o mesmo conceito é aplicada à discriminação em todas as situações. Por outras palavras, merecem os homossexuais casados alguma discriminação (positiva) face aos homossexuais que não o são?

    Não. Não devemos favorecer pessoas em virtude de "ajuntamentos" :)

    Aqui temos de ter em conta a natureza antropológica do casamento e que, sejamos claros, tem como finalidade a família. independentemente da nossa opinião, é uma questão genética.

    Ao longo dos séculos, as sociedades constuiram discriminações positivas para apoiar os casados - mas apenas como um meio de apoiar as famílias.

    A sua extensão a uniões sem essa perspectiva é uma utilização abusiva de benefícios - que de certa maneira os casados heterossexuais sem filhos também beneficiavam (por um motivo de facilidade).

    Assim, de forma a assegurar a justiça do processo, primeiro deve-se assegurar uma segmentação dos benefícios do casamento entre os que têm essa estafada convenção chamada família, mas por muito que seja politicamente correcto chamar de estafada é a unidade base da humanidade e a nossa referência mais importante, e os casos em que não a constituem - independentemente da orientação sexual (e.g. um casamento homossexual com filhos teria os mesmos direitos de um casamento convencional com filhos).

    Depois disso sim, casamentos homossexuais, bígamos, trígamos(?), de grupo, enfim, inventem o que estiverem mais virados. Que, acreditem, passa pelo futuro das nossas sociedades.
    O que não significa que seja para sempre, dado que o futuro, à semelhança do passado, é incerto.

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