Big Brother is Watching You!
Vivemos tempos complicados. Acho que perdemos o norte, o horizonte e estamos a atravessar a MAIOR crise que este país já assistiu. Não estou a falar de dinheiro, estou sim a falar de uma crise de valores.
Já nada interessa, é seguro ou é sagrado. Para mim, tudo começou com o Processo Casa Pia. Sempre disse que era melhor que o Bibi, Carlos Cruz e restantes acusados, fossem mesmo considerados culpados, pois se o veredicto final dos juízes inocentar algum deles, ou mesmo todos, depois do que foi escrito na comunicação social, depois de os Portugueses serem "envenenados" com opiniões, comentários e partes avulsas do processo que foram tornando públicas, já ninguém acreditará na sua inocência, passando estes a carregar um estigma injusto, que os perseguirá e prejudicará para o resto da sua vida.
Desde esse tempo, que os jornais ocupam o espaço da justiça, permitindo que os portugueses vão fazendo julgamentos na praça pública, em nome da liberdade de imprensa ou agora mais recentemente da liberdade de expressão.
Hoje já não são os processos que estão em tribunal,que alimentam os órgãos de comunicação social. São os que ainda estão a ser investigados e que envolvem pessoas que poderão vir a ser constituídas arguidas no processo ou não. Já nada interessa. A coberto do Interesse Público, devassa-se a privacidade das pessoas, publicam-se partes de pertenças escutas, fazem-se juízos de valor sobre essa informação e crucificam-se de imediato os visados, sem que estes sequer possam reclamar que estão a atentar contra o seu bom nome. Aliás se reclamarem, nada mais fazem do que confirmar as suspeitas que os OCS levantam.
Depois há a questão da credibilidade. Será que a credibilidade do Procurador Geral da República e do Presidente do Supremo Tribunal são inferiores à do SOL, Felícia Cabrita e afins? Será que Mário Crespo e as suas fontes anónimas são mais credíveis que o Director de Programas da SIC? Será que os jornais não mentem? Perguntam-me, mas porque haveriam de mentir? Por causa das audiências (quanto maior a tiragem e a venda, maior o valor da publicidade, por causa da fama granjeada, porque sabem que ninguém os desmentirá. É impossível desmentir, quando não se tem acesso à mesma informação, para comprovar a sua veracidade.
Será este o padrão a partir de agora? Será que a nossa sociedade irá evoluir neste sentido? É que hoje se definem as regras de amanhã e se por ventura este processo, da forma como está, levar à queda de um governo, então a nossa democracia estará em risco de acabar, pois abrir-se-á um precedente em que mais nenhum governo poderá governar tranquilamente, nem mesmo com uma maioria absoluta.
Toda esta situação lembra-me o livro 1984 de George Orwell, mas ao contrário. Aqui o Big Brother não é o Governo, mas os OCS. São também a polícia de costumes e os incentivadores da delação. Eles são os Ministério da Verdade que altera a realidade que relata, segundo as suas necessidades e os seus fins. A minha pergunta é: Quem estará por detrás deste Big Brother?
Já nada interessa, é seguro ou é sagrado. Para mim, tudo começou com o Processo Casa Pia. Sempre disse que era melhor que o Bibi, Carlos Cruz e restantes acusados, fossem mesmo considerados culpados, pois se o veredicto final dos juízes inocentar algum deles, ou mesmo todos, depois do que foi escrito na comunicação social, depois de os Portugueses serem "envenenados" com opiniões, comentários e partes avulsas do processo que foram tornando públicas, já ninguém acreditará na sua inocência, passando estes a carregar um estigma injusto, que os perseguirá e prejudicará para o resto da sua vida.
Desde esse tempo, que os jornais ocupam o espaço da justiça, permitindo que os portugueses vão fazendo julgamentos na praça pública, em nome da liberdade de imprensa ou agora mais recentemente da liberdade de expressão.
Hoje já não são os processos que estão em tribunal,que alimentam os órgãos de comunicação social. São os que ainda estão a ser investigados e que envolvem pessoas que poderão vir a ser constituídas arguidas no processo ou não. Já nada interessa. A coberto do Interesse Público, devassa-se a privacidade das pessoas, publicam-se partes de pertenças escutas, fazem-se juízos de valor sobre essa informação e crucificam-se de imediato os visados, sem que estes sequer possam reclamar que estão a atentar contra o seu bom nome. Aliás se reclamarem, nada mais fazem do que confirmar as suspeitas que os OCS levantam.
Depois há a questão da credibilidade. Será que a credibilidade do Procurador Geral da República e do Presidente do Supremo Tribunal são inferiores à do SOL, Felícia Cabrita e afins? Será que Mário Crespo e as suas fontes anónimas são mais credíveis que o Director de Programas da SIC? Será que os jornais não mentem? Perguntam-me, mas porque haveriam de mentir? Por causa das audiências (quanto maior a tiragem e a venda, maior o valor da publicidade, por causa da fama granjeada, porque sabem que ninguém os desmentirá. É impossível desmentir, quando não se tem acesso à mesma informação, para comprovar a sua veracidade.
Será este o padrão a partir de agora? Será que a nossa sociedade irá evoluir neste sentido? É que hoje se definem as regras de amanhã e se por ventura este processo, da forma como está, levar à queda de um governo, então a nossa democracia estará em risco de acabar, pois abrir-se-á um precedente em que mais nenhum governo poderá governar tranquilamente, nem mesmo com uma maioria absoluta.
Toda esta situação lembra-me o livro 1984 de George Orwell, mas ao contrário. Aqui o Big Brother não é o Governo, mas os OCS. São também a polícia de costumes e os incentivadores da delação. Eles são os Ministério da Verdade que altera a realidade que relata, segundo as suas necessidades e os seus fins. A minha pergunta é: Quem estará por detrás deste Big Brother?
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